sexta-feira, abril 26, 2024

26 de agosto é o Dia Internacional da Igualdade Feminina

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Que em outubro, elejamos muitas mulheres e que elas compareçam às urnas e ajudem a eleger o projeto de governo que querem para o Brasil.

Nesta sexta-feira (26) é comemorado o Dia Internacional da Igualdade Feminina. A data surgiu em 1973 para lembrar a conquista do voto feminino nos Estados Unidos, em 1920.
No Brasil, as mulheres só tiveram acesso a esse direito em 1932, com a implementação do Código Eleitoral. Um direito conquistado a duras penas e que, infelizmente, ceifou a vida de companheiras em meio ao percurso.
Entretanto, apesar da importância da data, ainda existe um longo caminho a ser percorrido no que diz respeito à igualdade entre homens e mulheres.
Atualmente, as mulheres ganham menos, ocupam menos posições de chefia ou cargos eletivos, trabalham mais no ambiente doméstico e exercem mais trabalhos não remunerados.
As desigualdades e preconceitos são muitos. Apesar da alta presença das mulheres no mercado de trabalho e do grau de instrução ser muitas vezes maior para elas, a desigualdade de gênero ainda as afeta nos ambientes corporativos.
No primeiro trimestre de 2021, por exemplo, segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), o rendimento mensal habitual médio das mulheres era de R$ 2.295,95 enquanto o de homens era de R$ 2.871,01, diferença de 24,2%.
E não bastasse a disparidade salarial, a tripla jornada, assédios e informalidade são apenas algumas das dificuldades que marcam a trajetória profissional das mulheres ao longo dos anos.
Outro ponto preocupante é a participação política feminina. De acordo com o IBGE, mais da metade da população brasileira (51,13%) é composta por mulheres, entretanto, elas representam menos de 15% dos cargos eletivos.
Atualmente, as mulheres ocupam apenas 15% das cadeiras na Câmara dos Deputados; no Senado, são 13%. Nas assembleias estaduais, a mesma situação: apenas 161 mulheres foram eleitas, o que também representa uma média de 15% do total de postos.
Desde o início da República, em 1889, o país teve uma única presidenta, Dilma Rousseff que, por ser mulher, foi julgada, desrespeitada, diminuída e impichada injustamente por um golpe machista.
Este ano, com a corrida eleitoral pela presidência, tivemos um marco. No ano em que o amor disputará com o ódio nas urnas, o Brasil teve uma proporção recorde de candidaturas de pessoas negras e mulheres em uma eleição federal.
Segundo dados parciais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), das 26.398 candidaturas registradas, 49,3% são de pessoas negras e 49,1% de pessoas brancas. O percentual de mulheres na disputa soma 33,4%, até o momento.
Neste Dia Internacional da Igualdade Feminina, a Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras no Comércio e Serviços da CUT (Contracs) ressalta a importância das mulheres ocuparem mais espaço na sociedade.
Para mudar a atual realidade é preciso pluralidade. Daí a necessidade de estimular cada dia mais a participação política, bem como ações educativas para combater a desigualdade de gênero; e garantir a paridade em todos âmbitos.
Inúmeras mulheres perderam a vida lutando pelo direito ao voto. É preciso ressaltar que as mulheres são 52% da população brasileira e mãe do restante. Então, estão mais preparadas para debater os problemas que assolam nossa sociedade e contribuir para encontrar as soluções.
Lutar por direitos iguais não é querer ser igual ao homem, mas ter as mesmas oportunidades e, acima de tudo, ser respeitada e se sentir segura na sociedade.
No Dia Internacional da Igualdade Feminina queremos lembrar a todas e todos da importância da mulher na política, sendo eleita ou elegendo, votando e sendo votada.
Que em outubro, elejamos muitas mulheres e que elas compareçam às urnas e ajudem a eleger o projeto de governo que querem para o Brasil.
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