Nesta quinta-feira (15), é celebrado o Dia Internacional da Democracia.
Nesta quinta-feira (15), é celebrado o Dia Internacional da Democracia. A data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) nasceu com a intenção de fazer a reflexão sobre a importância de entender e proteger a democracia, uma das principais ferramentas que movem o mundo civilizado.
Mas, antes da criação oficial desta data, ocorreu também a Declaração Universal da Democracia, em 16 de setembro de 1997. Aprovada pela União Interparlamentar (UIP), a declaração abrange princípios e características de uma conduta democrática, como forma de uniformizar os conceitos indispensáveis para o desenvolvimento humano.
(…) ” preservar e promover a dignidade e os direitos fundamentais do indivíduo; alcançar a justiça social; e fomentar o desenvolvimento econômico e social da coletividade, reforçando a coesão social e a tranquilidade da nação, proporcionando o equilíbrio interno, para criar um ambiente favorável à paz internacional”, diz o trecho da Declaração.
Entretanto, em meio a tempo sombrios de tamanha violência política, é possível afirmar que nossa jovem democracia está de fato segura?
Infelizmente, com o crescimento do fascismo, ela encontra-se mais fragilizada e abalada que nunca. No último período, a sociedade tem presenciado os diversos ataques de Bolsonaro ao judiciário e às urnas – omaior símbolo da democracia no país-.
Seu discurso de ódio alimenta o totalitarismo e dá aos seus seguidores fanáticos a ilusão de uma ‘carta branca’ para agirem de forma cada vez mais violenta e intolerante.
Prova disso, basta relembrar os últimos casos em que apoiadores, sem o menor escrúpulo, ceifaram a vida de opositores políticos. Ou o caso mais recente, em que um homem branco, classe média e, para variar, apoiador de Bolsonaro, usando a desculpa da “solidariedade”, humilhou e fez chacota de uma diarista que se encontrava em situação de vulnerabilidade, pelo simples fato de ela declarar seu voto em Lula.
Esta é a verdadeira face do Brasil pintado por Bolsonaro: um Brasil de ódio; de misoginia; de violência; e desrespeito à vida.
Para Julimar Roberto, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs-CUT), a democracia é o ponto de partida para o desenvolvimento de qualquer sociedade, sempre baseada no respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais, como a liberdade de imprensa e de pensamento.
“Quando se é uma pessoa pública, é preciso ter muito cuidado com suas falas e ações, pois ela se torna responsável pelas atitudes de todos os que influencia. É preciso garantir o direito à liberdade de pensamento e combater veementemente a intolerância e o fascismo. Os líderes precisam garantir que as nações caminhem em direção ao diálogo e respeito e é nisso que se baseia a democracia”, disse o dirigente.
Para finalizar, Julimar atentou sobre a necessidade do comparecimento às urnas.
“Em outubro, precisamos de união de todos e todas que se contrapõem ao fascismo instaurado em nosso país. Somente com a participação massiva do povo nas eleições, conseguiremos restabelecer, por meio do amor, democracia brasileira.”