quinta-feira, novembro 21, 2024

Precisa ser no primeiro turno

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Os Comitês Populares de Luta, espalhados pelo Brasil ─ um pedido de Lula para ampliar o dialogo com a população ─, têm feito seu papel nas ruas

Que Lula é o candidato mais preparado para fazer o Brasil feliz de novo, não há dúvidas. E isso tem sido comprovado dia após dia. Todas as pesquisas de intenção de votos têm mostrado que o povo brasileiro sabe muito bem em quem votar para ter de volta os anos de ouro vividos nas gestões dos governos do PT.

Só que, mais que trazer a esperança de novo, Lula tem representado também um suspiro à democracia, que tem estado em constante ameaça sob o governo Bolsonaro. Há pouco mais de uma semana para as eleições e com Lula crescendo, os ataques ao estado democrático de direitos se intensificaram de forma significativa.

Agora, além de colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas, Bolsonaro tem contestado também as pesquisas eleitorais que o mostram em segundo lugar e sem chances reais de reeleição, seja no primeiro ou segundo turno. Isso, atrelado ao seu apreço pelo regime ditatorial que pendurou no país por 21 anos, traz um alerta de que o capitão reformado e seus apoiadores podem não aceitar pacificamente os resultados das urnas.

Neste sentido, em uma tentativa de pôr fim a qualquer tentativa de golpe, Lula recebeu o apoio de oito ex-candidatos à Presidência dos mais diversos campos políticos ─ inclusive, candidatos que, outrora, foram seus opositores políticos. A ideia é formar uma frente ampla para derrotar, logo no primeiro turno, o governo genocida de Bolsonaro. As diferenças de ideias permanecem, mas há algo muito maior que os une: a defesa da democracia.

A iniciativa foi vista como um importante passo para vitória e comprovou que Lula é um dos maiores políticos da história do Brasil, com capacidade de dialogar até mesmo com opositores, algo impensável para Bolsonaro.

Prova de tal capacidade de diálogo, típico de governos democráticos, foi a escolha do seu vice. Quando muitos esperavam que fosse escolhido alguém do campo progressista, Lula foi lá e optou por formar chapa com Alckmin, com quem concorreu na disputa majoritária em 2006, e o teria repetido em 2018, se não fosse impedido de se candidatar.

Agora, em mais um ato de grandeza, Lula soube costurar conversas com oito ex-candidatos. No encontro que reuniu os ex-presidenciáveis, todos ressaltaram a importância e a urgência em derrotar o projeto fascista de Bolsonaro, além da competência de Lula para colocar o Brasil nos eixos.

A imagem de políticos tão distintos sentados à mesa foi divulgada amplamente pelos veículos de comunicação. Mais que demonstrar a união por um projeto popular, reforçou o que temos denunciado há anos. Bolsonaro é um líder da extrema direita, incapaz de dialogar com quem quer que ouse contrariar seus desejos. É mesquinho, pequeno para o cargo que ocupa, e com um projeto de governo que não é voltado para o povo.

E essa mesma avidez que une ex-adversários tem chegado aos eleitores e, nos últimos dias, impulsionado a onda do chamado voto útil ─ que é quando o cidadão deixa de votar no seu candidato preferencial para depositar voto naquele que possui mais chances de vencer o pleito e derrotar um mal em comum.
Artistas dos mais diversos segmentos também têm fortalecido a ação. Precisa ser no primeiro turno! Quanto menores as chances de Bolsonaro ser reeleito, melhor.

Os Comitês Populares de Luta, espalhados pelo Brasil ─ um pedido de Lula para ampliar o dialogo com a população ─, também têm feito seu papel nas ruas. A mesma tarefa tem sido desempenhada com maestria pelos sindicatos e movimentos sociais. Há um consenso entre todos os campos democráticos que esse pleito não é igual aos anteriores. Já não é mais sobre a disputa de poder. É sobre a ampliação dos direitos, o fim da fome e sobre a manutenção da democracia, tão duramente atacada.

O mal precisa ser derrotado – e o será – no primeiro turno!

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