Por Julimar Roberto*
O Brasil está de volta ao cenário internacional. O que já vinha sendo desenhado com a possível vitória de Lula nas eleições de 2022, ficou comprovado com a sua participação ─ como presidente eleito ─ na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, a COP 27, no Egito.
Enquanto o presidente em exercício ─ que segue enclausurado desde sua derrota no dia 30 de outubro ─ optou, mais uma vez, em não participar do evento, Lula, que foi convidado pelo presidente do Egito, marcou presença e fez bonito.
Seu discurso era aguardado por diplomatas de todo mundo. E antes mesmo de embarcar para o evento, já havia recebido 10 pedidos para reuniões bilaterais. Todos estavam ansiosos para ver e escutar o presidente eleito no Brasil com mais de 60 milhões de votos. E, depois de quatro anos de implementação de uma política ambiental totalmente nociva para o mundo todo, também era imenso por um compromisso com ações para o fim do desmatamento da Amazônia.
E Lula não decepcionou. Subiu ao palco e discursou como um líder mundial. Pregou a união global em torno de questões climáticas, propôs alianças para combater a fome em todo o mundo e não só se comprometeu em pôr fim ao desastre ambiental causado pelo governo Bolsonaro, como cobrou de países ricos o cumprimento do financiamento de programas ambientais em países mais pobres.
Lula foi além e ofereceu o Brasil para sediar a COP 28. A ideia é que o evento de 2025 seja realizado em terras brasileiras, mais precisamente, em um estado amazônico.
Ao final dos cerca de 30 minutos de discurso, o estadista brasileiro foi aplaudido de pé pelos presentes e sua presença repercutiu por diversos jornais mundo afora. O Jornal Washington Post, dos Estados Unidos, disse “O Brasil está de volta”. Já o New York Times, também dos EUA, afirmou que Lula foi exuberante na COP 27. O La Nácion, da Argentina, destacou o protagonismo do Brasil, na figura de Lula. E, assim, notícia a notícia, o Brasil voltou ao centro das discussões. Agora, não mais como republiqueta de bananas, mas como a grande nação que sempre foi.
Como tenho dito, o mundo estava com saudade do Brasil e nós voltamos. Voltamos triunfantes! Recuperamos não apenas o protagonismo na questão ambiental, como abrimos as portas para uma nova política no exterior, o que significa o fortalecimento da construção de um novo Brasil.
O Brasil voltou.
*Julimar é comerciário e presidente da Contracs-CUT