terça-feira, abril 23, 2024

Presidente da Contracs expressa preocupação com os trabalhadores durante participação na CPI das Lojas Americanas

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Nesta terça-feira (6), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a empresa Americanas S.A. (AMER3) recebeu a participação do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT, Julimar Roberto. A CPI tem como objetivo investigar o rombo no valor de R$ 20 bilhões detectado nos lançamentos contábeis da rede, realizados em 2022 e em exercícios anteriores. Presidida pelo deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE), a audiência contou com a presença de vários parlamentares, além do presidente da ABRADIN (Associação Brasileira de Investidores), Aurélio Valporto, e representantes jurídicos das Lojas Americanas.

Julimar Roberto expressou sua preocupação em relação à situação dos trabalhadores da rede. Em sua fala, destacou a importância de fiscalizar, pressionar e acompanhar de perto o caso, a fim de evitar que os empregados sejam lesados pela incompetência dos empregadores.

“O escândalo que levou a Americanas a pedir recuperação judicial expõe a fragilidade do mercado privado e demonstra como a ganância dos empresários, impulsionada pelo capitalismo em busca do lucro imediato, pode causar grandes prejuízos aos trabalhadores e trabalhadoras, que são fundamentais para o crescimento econômico do país”, disse.

O presidente da Contracs também observou que, até o momento, as declarações dos gestores da empresa indicam que a prioridade é restaurar a Americanas, sem menções sobre o emprego dos mais de 40 mil trabalhadores em todo o Brasil. Ele fez uma analogia com o naufrágio do filme Titanic, onde os mais ricos saem ilesos e os mais pobres afundam, destacando a desigualdade de impacto dessa situação.

Para proteger os empregados, a Contracs-CUT, juntamente com outras entidades sindicais, está buscando ações judiciais para garantir o pagamento adequado dos direitos trabalhistas em casos de demissões. Além disso, tentam garantir que os trabalhadores que têm processos trabalhistas contra a Americanas na Justiça do Trabalho não sejam prejudicados pelo pedido de recuperação judicial ou possível falência da empresa. Atualmente, existem quase 17 mil ações em curso. As entidades sindicais defendem que os empresários responsáveis pelo rombo sejam obrigados a pagar todos os encargos financeiros aos trabalhadores afetados.

Julimar Roberto encerrou sua fala expressando a esperança de que os culpados sejam responsabilizados e destacou a importância de estabelecer parâmetros a partir dessa CPI, a fim de evitar que casos semelhantes se repitam no futuro. A próxima reunião da comissão está agendada para a próxima terça-feira, dia 13.

Com informações da CPI das Lojas Americanas, a Contracs-CUT reforça seu compromisso em defender os direitos dos trabalhadores e acompanhar de perto os desdobramentos dessa investigação que envolve uma das maiores empresas do país.

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