*Por Julimar Roberto
O Brasil tem uma das maiores taxas de juros do mundo: a Selic, que é a taxa básica da economia brasileira. Ela está em 11,75% ao ano, depois de quatro cortes seguidos feitos pelo Banco Central (BC). Mas isso ainda é muito alto. A Selic precisa baixar bem mais, para que o Brasil possa crescer e se desenvolver.
A Selic é uma ferramenta que o BC usa para tentar controlar a inflação, que é a responsável pelo aumento dos preços dos produtos e serviços. Mas essa taxa também tem outros efeitos, que afetam a vida de todos os brasileiros e brasileiras. Quando a Selic está alta, ela beneficia os rentistas, que são as pessoas que ganham dinheiro emprestando para o governo. Eles recebem juros altos da dívida pública, devida pelo governo. Mas quando a Selic está baixa, ela favorece os trabalhadores, que são as pessoas que vivem do seu trabalho. Eles podem consumir mais, investir mais e ter mais oportunidades de emprego e renda.
O presidente Lula sabe disso, e por isso ele defende que o BC não deve olhar só para a inflação, mas também para o desenvolvimento social do país. Ele quer que o BC leve em conta as necessidades da maioria da população, que é quem produz a riqueza do Brasil. Ele também critica o governo anterior, que aumentou muito a Selic e causou uma tremenda crise econômica, social e política. O país entrou em recessão, que é quando a economia encolhe. O desemprego, a pobreza e a desigualdade aumentaram. E nossa nação perdeu a confiança dos outros países, que deixaram de investir aqui.
Mas quem decide a Selic é o Banco Central, que é uma instituição independente do governo. O BC é ligado ao Ministério da Economia, mas tem autonomia para tomar as suas decisões. Ele não precisa obedecer ao presidente da República, mas tem que explicar ao Congresso Nacional e à sociedade o que faz e por quê faz.
Então, nós temos que perguntar: o BC está fazendo seu trabalho direito? A Selic está no nível certo para o Brasil? O BC está pensando no bem de todos ou só dos rentistas?
Essas são perguntas importantes, porque a Selic não é só um número. Ela tem um impacto direto na vida de milhões de pessoas, que querem um país mais justo, mais democrático e mais desenvolvido. Por isso, nós temos que exigir que o BC baixe mais a Selic. Nós não podemos aceitar que o Brasil pague juros tão altos, enquanto outros países pagam juros baixos ou até negativos. Nós não podemos aceitar que o Brasil sacrifique seu futuro enquanto nação, para agradar os que vivem de juros.
A Selic em 11,75% é um absurdo que prejudica o Brasil e o povo sabe disso. Por isso, a classe trabalhadora tem tomado as ruas em defesa da baixa dos juros. Em várias cidades do país, manifestantes têm protestado contra a política monetária do Banco Central, que é injusta e prejudicial ao desenvolvimento nacional, exigindo que o BC ouça a voz das ruas e reduza a Selic para um patamar compatível com a realidade brasileira. Queremos um país mais justo, mais democrático e mais desenvolvido. Queremos um país com juros baixos e oportunidades para todos e todos.
*Julimar é comerciário e presidente da Contracs-CUT