sexta-feira, novembro 22, 2024

Inflação sobe, com energia e gasolina mais caras. Mas cai o preço dos alimentos

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Dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (11) indicam aumento da inflação em setembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% no mês, ficando acima do mês anterior (0,23%) e também de igual período em 2022 (-0,29%). Com isso, agora acumula alta de 3,50% no ano. Em 12 meses, voltou ao patamar dos 5%, somando 5,19%. Um ano atrás, o índice oficial de inflação somava 7,17%.

Entre os principais impactos do mês passado, estão os preços da gasolina e da energia elétrica residencial. Por outro lado, o preço dos alimentos caiu.

Preço dos alimentos: quatro quedas seguidas

Assim, o grupo Alimentação e Bebidas registrou a quarta queda seguida: -0,71%, com impacto de -0,15 ponto percentual. Isso se deve, principalmente à redução de 1,02% nos preços da alimentação no domicílio. Destaque para batata inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%). Já arroz (3,20%) e tomate (2,89%) subiram em setembro.

Por sua vez, a alimentação fora do domicílio subiu menos (0,12%, ante 0,22% no mês anterior). Tanto as altas da refeição como do lanche foram menos intensas: 0,13% e 0,09%, respectivamente.

Gasolina pressiona alta da inflação

Já no grupo Transportes (alta de 1,40%), a maior influência veio da gasolina, que subiu 2,80% e teve impacto de 0,14 ponto. Segundo o IBGE, também tiveram aumento o óleo diesel (10,11%) e o gás veicular (0,66%), enquanto o preço do etanol caiu 0,62%. As passagens aéreas subiram 13,47% (tinham caído 11,69% em agosto). O instituto apurou ainda elevação de 0,42% no ônibus intermunicipal, com reajuste em Salvador.

Em Habitação (0,47%), a energia elétrica subiu 0,99% (0,04 ponto), com reajustes aplicados em São Luís, Belém e Vitória. A taxa de água e esgoto teve leve alta, de 0,02%, após aumentos em Brasília e Vitória. Por outro lado, o gás encanado teve queda de 0,10%, com reduções tarifárias em Curitiba e no Rio de Janeiro.

Alta nos planos de saúde

No grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,04%), o IBGE destaca a alta média de 0,71% nos planos de saúde. De acordo com o instituto, isso “decorre dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho”.

Entre as regiões, houve uma única queda do IPCA, em Goiânia (-0,11%). O maior índice foi apurado em São Luís (0,50%). No acumulado em 12 meses, a inflação oficial varia de 3,77% (Rio) a 6,13% (Brasília). Na Grande São Paulo, soma 5,48%.

INPC sobe menos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,11%, abaixo de agosto (0,20%). O indicador acumula alta de 2,91% no ano e de 4,51% em 12 meses.

Os produtos alimentícios tiveram nova queda (-0,74%). Já os não alimentícios subiram menos (de 0,56% para 0,38%).

Redação da CUT

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