Os trabalhadores e trabalhadoras da limpeza urbana terceirizada do Espírito Santo conquistaram uma importante vitória na greve que iniciaram na segunda-feira (22) por melhores salários e condições de trabalho. Após um dia de paralisação e demonstração de unidade, a categoria conseguiu que o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), em mediação, propusesse 7% de reajuste nos salários e no tíquete de alimentação de forma linear. Coletores, jardineiros, encarregados e supervisores de turma receberam, do mediador, uma proposta de reajuste salarial de 9%. O Ministério propôs também o valor de R$ 5 de café da manhã para todos os trabalhadores e trabalhadoras, independente da jornada. Com as propostas, o movimento foi suspenso.
A greve afetou a coleta de lixo e a varrição em, pelo menos, seis municípios do estado: Vitória, Serra, Vila Velha, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim e Guarapari.
“Em um dia de greve, a sociedade viu a quantidade de lixou que se acumulou e percebeu ainda mais a importância dos trabalhadores da limpeza urbana para as cidades”, afirmou a presidenta do Sindilimpe-ES e secretária de Políticas para Promoção da Igualdade Racial da Contracs, Evani Reis.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs) desde o início acompanhou o movimento e ofereceu apoio à greve decidida em assembleia.
“A demonstração de força e unidade do Sindilimpe-ES e da categoria dos trabalhadores da limpeza urbana terceirizada do Espírito Santos é motivo de orgulho para a classe trabalhadora. Vocês são um verdadeiro exemplo de luta e resistência. Parabéns pela conquista e pela unidade”, declarou o presidente da Contracs, Julimar Roberto.
Com o fim da greve, os serviços de limpeza urbana foram normalizados nos municípios afetados.
