sexta-feira, novembro 22, 2024

Rede dos trabalhadores do Walmart se reúne em São Paulo

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Contracs avalia ações da rede e faz planejamento para 2013

A Contracs reúne esta semana, em São Paulo, a rede de trabalhadores do Walmart para avaliar as ações desenvolvidas pela rede, destacar as prioridades deste ano e realizar um planejamento para 2013.

Estão reunidos representantes dos sindicatos do comércio de Florianópolis, Teresina, Uberlândia e Araguari, Osasco, João Pessoa, Ponta Grossa e Brasília e também dos sindicatos de supermercado de Natal e São Paulo.

Na manhã de segunda-feira, o Sindicato Global UNI apresentou a campanha de aliança global do Walmart. De acordo com a representante Christina Clausen, a UNI desenvolveu a campanha global para que o Walmart tenha uma mesma política ao redor do mundo.

O Walmart é a maior empresa de comércio do mundo e é três vezes maior que o Carrefour, que está em segundo lugar. Ao todo, o Walmart possui 8 mil lojas e opera em 26 países empregando mais de 2 milhões de trabalhadores – número que está sempre crescendo. No Brasil, o Walmart é a 3ª maior empresa do comércio.

Durante a apresentação, a UNI fez um comparativo sobre as operações do Walmart nos EUA e no Brasil. Segundo Christina, nos EUA os trabalhadores estão em piores condições por não possuírem uma convenção coletiva de trabalho e por não haver trabalhadores sindicalizados. No Brasil, a UNI esclareceu que temos um certo reconhecimento sindical que nos beneficie embora a empresa também tente dificultar este processo de sindicalização no país.

Diante disso, a UNI explicou que a organização dos trabalhadores do Walmart nos Estados Unidos está sendo de forma diferente, através de uma associação paralela ao sindicato.

Para o coordenador da rede e Secretário de Formação da Contracs, Olinto Teonácio Neto, os relatos de Christina assustam um pouco e, por isso, acredita que a Aliança Global é necessária. “A empresa faz o que quer e se os trabalhadores do mundo não estiverem unidos não há solução. Os trabalhadores não podem aceitar a forma como a empresa está atuando.” Para ele, o enfrentamento deve ser feito em todo o mundo.

Os demais participantes também elencaram outras dificuldades enfrentadas pelos sindicatos em relação ao Walmart. Entre as dificuldades, destacaram a falta de mão de obra no setor supermercadista, que acarreta sobrecarga nos trabalhadores, turno noturno e perseguição aos trabalhadores através de assédio moral até que o próprio trabalhador se demita.

A secretária de relações internacionais, Lucilene Binsfeld, comanda a reunião que também conta com a participação do Secretário de Políticas Sociais da Contracs e membro da rede José Vanilson Cordeiro.

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