sexta-feira, novembro 22, 2024

No Brasil, não há espaço para tirania. Não há lugar para Bolsonaro!

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Em seu novo artigo, o presidente da Contracs comenta os últimos ataques de Bolsonaro à democracia

“Povo armado jamais será escravizado”, essa foi uma das falas de Bolsonaro em Parnamirim (RN), onde participou da inauguração da Estação Cajupiranga. Na ocasião, o capitão reformado ainda voltou a atacar o sistema eleitoral ─ pelo qual ele e seus filhos foram eleitos por diversas vezes ─ e afirmou que “por ocasião das eleições, os votos serão contados no Brasil”.
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro ataca, sem provas, o processo eleitoral brasileiro. Mas, desde que começou a derreter nas pesquisas de intenção de votos para o pleito de 2022, as ofensas, inclusive contra ministros, se intensificaram.
E elas ocorrem em diversos espaços: lives, redes sociais e eventos governamentais. Onde quer que esteja, o mandatário não mede esforços para colocar em cheque as urnas eletrônicas. Estima-se que, só em 2021, foram aproximadamente 23 investidas contra o sistema que deu a ele e sua família mais de 30 anos de mamata no serviço público.
Mas essa fala específica que ocorreu em RN nos traz algo preocupante. Estaria Bolsonaro incitando seus apoiadores a iniciarem uma luta armada, caso não seja reeleito? Por que, ao que tudo indica, não será. As pesquisas têm deixado claro que o povo anseia por mudanças e que o capitão reformado não será o escolhido para o novo Brasil em 2023.
No caminho inverso à democracia, Bolsonaro e sua corja até tentaram forçar o discurso do voto impresso, mas não deu muito certo. Com a fome, o desemprego e as crises sanitária, econômica e política, a forma como votaria era a menor das preocupações do povo brasileiro.
Como se não bastasse, apesar de ter sido eleito pelo povo em um regime democrático, nessa semana em que o golpe militar completou 58 anos, Bolsonaro não economizou elogios à ditadura. Durante a posse de seus novos ministros, na quinta (31), ele negou que o então presidente João Goulart tenha perdido o mandato com a instauração do regime de exceção. “31 de março. O que aconteceu nesse dia? Nada. Nenhum presidente da República perdeu o mandato nesse dia”, afirmou.
Ele também comparou seu governo com os anos de chumbo, dizendo que há semelhanças entre sua gestão e as dos governos militares na formação dos ministérios. Nisso a gente acaba tendo que concordar, pois é verdade que os milicos estão ocupando cargos estratégicos em praticamente todas as pastas.
Mas, mesmo assim, resistiremos! Como resistimos durante a ditadura! Somos soberanos! Bolsonaro se esquece de que o povo brasileiro é um povo de garra e tem uma força incomensurável. Resistimos ao vírus que dizimou centenas de milhares de vidas, à falta de comida na mesa, e também ao bolsonarismo, que retrocedeu o país em décadas. Não restam dúvidas de que, se preciso for, lutaremos contra a tentativa descabida de impor um regime autoritário no Brasil. O ano de 2023 está chegando e nele não há espaço para tirania. Não há lugar para Bolsonaro!

 

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