Votar é um direito conquistado pela luta de gerações anteriores, que combateram contra a ditadura e a favor da democracia e da paz
O dia 30 de outubro de 2022 os brasileiros e catarinenses irão às urnas decidir sobre o futuro do Brasil e de Santa Catarina para os próximos quatro anos. Dois lados se apresentam na disputa, tanto a nível nacional quanto estadual, representando dois projetos para o país completamente opostos.
De um lado, disputa a eleição um projeto que, sob falsa justificativa de que iria gerar empregos, destruiu os direitos trabalhistas e sociais; rebaixou os salários dos trabalhadores; precarizou as condições de trabalho; fez explodir os preços dos combustíveis e dos alimentos para agradar especuladores internacionais; jogou 33 milhões de brasileiros no drama da fome; e foi responsável por grande parte das 687 mil mortes ocorridas em meio à pandemia de Covid-19. Apoiado por setores empresarias que enriquecem às custas do sofrimento de milhões de trabalhadores e por meio de renúncias de impostos, orçamento secreto e outras formas de desvio de recurso público, a única obra deste projeto foi a divisão do país. Marcado pelo preconceito contra homossexuais, pelo ódio às mulheres, pelo racismo e pela xenofobia, este projeto usa criminosamente do poder econômico para pressionar trabalhadores a votarem em seus candidatos, mostrando sua faceta autoritária e antidemocrática, típica daqueles que exaltam a tortura e o assassinato dos porões da ditadura militar.
De outro lado, um projeto radicalmente distinto também disputa as eleições deste ano. Projeto que quando governou o Brasil foi responsável pela erradicação da fome; pelo aumento ano após ano do salário mínimo; por uma situação considerada de pleno emprego, quase que zerando o desemprego; pela ampliação do orçamento público destinado às políticas sociais; pela valorização da educação através da criação de instituições federais de ensino e da ampliação do salário dos professores; e pela defesa da vida através da ampliação do SUS. Apoiado por setores sociais que sempre estiveram ao lado das lutas do povo, tais como sindicatos, movimentos populares, organizações de bairro e igrejas verdadeiramente baseadas nos princípios do amor cristão, este projeto representa hoje o interesse da maioria da população brasileira. Profundamente democrático e baseado na convivência saudável entre as diferenças, falta muito pouco para tal projeto voltar a dirigir os rumos do Brasil, jogando para a lata do lixo da história as minoritárias tendências fascistas e reacionárias da nossa sociedade.
Nesse sentido, sobre os ombros dos trabalhadores e trabalhadoras, que representam a absoluta maioria da sociedade brasileira e catarinense, está posta a responsabilidade de escolher qual futuro desejam para si mesmos. Orientamos que os trabalhadores não cedam à pressão de parte dos empresários e suas entidades de representação, que tentam criar um clima de terrorismo e medo em diversas cidades catarinenses. Que exerçam a mais plena liberdade de escolha quando decidirem seu voto, lembrando que a pressão de empresários sobre o voto dos trabalhadores é crime e que o voto é secreto.
Votar é um direito conquistado pela luta de gerações anteriores, que combateram contra a ditadura e a favor da democracia e da paz. Que os trabalhadores possam refletir, ponderar sobre o significado dos projetos em disputa e escolher de forma livre o futuro que querem para si e para o Brasil.
Santa Catarina, 20 de outubro de 2022
FECESC – Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina e Sindicatos Filiados da Área do Comércio e Serviços