Veja as orientações e informações sobre os atos
A CUT reafirmou o dia 11 de novembro como Dia Nacional de Greve e Paralisações, organizado pela CUT em conjunto com as demais centrais sindicais e diversas entidades dos movimentos sociais que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Sabemos das dificuldades do ramo em organizar greves frente a realidade e especificidades das categorias que representamos, mas conhecemos nosso poder de mobilização quando nos unimos e devemos mostrar nossa força e determinação contra a retirada de direitos pelo governo ilegítimo de Michel Temer.
Neste sentido orientamos as nossas entidades:
• Liberação de toda direção do sindicato no dia 11 de novembro;
• Procurar a CUT Estadual para:
– Se apropriar do material/panfleto e reproduzir em gráfica;
– Dividir as ações de rua junto a direção – traçar locais estratégico;
– Participar do ato em conjunto com a CUT Estadual.
• Devemos intensificar o diálogo com os trabalhadores, através de assembleias massivas nos sindicatos e de panfletagem no local de trabalho.
• As categorias em campanha salarial devem mobilizar suas bases para a paralisação no 11.
• As estaduais devem se articular com os movimentos sociais, envolvendo-os em ações de apoio às paralisações e engrossando as manifestações que também ocorrerão no dia 11.
• Devemos ampliar e intensificar nossa comunicação com a classe trabalhadora e com a sociedade, no período que antecede o Dia Nacional de Greve, fazendo panfletagem, colando cartazes, lambe-lambes nos locais públicos de maior circulação de pessoas (entradas de metrô, pontos de ônibus, praças públicas).
Nossos motivos pela GREVE GERAL DIA 11/novembro:
Contra a PEC 241 que congelará por 20 anos os investimentos em serviços públicos essenciais à população, especialmente nas áreas da Saúde (Sistema Único de Saúde) e Educação (pública e gratuita), até o não reajuste do Salário Mínimo, que atinge especialmente os aposentados.
Saúde: A medida atingirá em cheio o atendimento do SUS. Programas como o Saúde da Família, remédio grátis – especialmente os de alto custo -, o SAMU, medidas de prevenção e combate à dengue, zika e chikungunya, tratamento e prevenção do HIV e DSTs, gripe H1N1, campanhas de vacinação e outros serviços serão gravemente afetados por falta de investimento do atual governo. Isso afeta também os hospitais públicos, além dos convênios com as Santas Casas e hospitais filantrópicos.
Educação: Vai faltar dinheiro para construção, manutenção e reforma de escolas e creches; os salários dos professores ficarão congelados e não haverá novas contratações. Material e uniforme gratuito, merenda, transporte escolar serão cortados ou reduzidos. Programas como Fies e o Pronatec estão suspensos e não terão novos contratos. O governo ilegítimo acabou com o Ciência sem Fronteiras, bolsas para estudantes e pesquisadores, e cortou quase pela metade as verbas para universidades. Além disso, foram cancelados programas de alfabetização de jovens e adultos.
Contra a Reforma da Previdência, cuja principal promessa do governo sem voto é punir quem mais contribuiu com o benefício, garantindo aposentadoria somente a partir dos 65 anos para trabalhadoras e trabalhadores. É importante destacar que a Constituição prevê que a Previdência é parte de um sistema amplo, a Seguridade Social – que além das aposentadorias inclui outro importante programa que também está ameaçado: o Sistema Único de Saúde (SUS).
Em defesa do emprego: contra a reforma trabalhista que retira direitos garantidos e conquistados pela classe trabalhadora desde a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), implementadas há 73 anos. Um dos pontos de maior pressão da atual agenda governamental é a terceirização, que irá beneficiar diretamente os patrões, precarizando as relações de trabalho.
Em defesa do Pré-Sal: patrimônio do povo brasileiro, a maior riqueza natural do País deverá ser entregue a multinacionais estrangeiras que estão de olho nas produções brasileiras recém descobertas. O Brasil hoje é o detentor da terceira maior reserva de óleo leve e gás natural do planeta, o que faz com que o País seja uma potência energética e uma promessa na exportação de petróleo. Durante o governo Lula foi aprovada Lei no Congresso Nacional e sancionada em 2013 no governo Dilma Rousseff, garante a destinação dos recursos do Pré-Sal para a Saúde (25%) e Educação (75%).
JUNTOS SOMOS FORTES! DIREITO NÃO SE REDUZ, SE AMPLIA!
Alci Matos Araujo
Presidente