Precisamos nos manter alertas contra qualquer tentativa de atentado à democracia e à segurança de nosso presidente eleito
30 de outubro de 2022 ficará marcado para sempre na história do país. A população brasileira foi às urnas e provou que o amor e a democracia são mais fortes que o ódio.
Com todas as urnas apuradas, Luiz Inácio Lula da Silva derrotou seu adversário com 50,90% dos votos e segue agora para seu terceiro mandato como presidente da República.
A diferença de votos foi a mais apertada da história: pouco mais de 2,1 milhões. Mas, ao todo, Lula recebeu mais de 60 milhões de votos.
Lula bateu seu próprio recorde. Em 2006, ele teve 58.295.042 votos, numericamente a maior votação da história do Brasil, marca só superada por ele mesmo, nesse 30 de outubro, sendo o primeiro brasileiro a ser eleito três vezes presidente pelo voto direto – vencendo nos anos de 2002 e 2006 e, agora, 2022. Por outro lado, Bolsonaro é o primeiro presidente a perder uma reeleição no exercício do mandato.
A prova de que Lula, sem dúvidas, era a melhor escolha para governar nosso país é que, logo após o resultado das urnas, diversos políticos e personalidades internacionais o parabenizaram pela vitória. Os presidentes dos Estados Unidos, Bolívia, Argentina, Cuba, México, Espanha, França, Venezuela, Equador, Peru, Uruguai, Guiné Bissau, República Dominicana, Paraguai, Honduras, Chile, bem como os primeiros ministros de Portugal, Canadá, Portugal, Reino Unido, Bahamas, Austrália, e de tantas outras nações, reafirmaram sua simpatia pelo projeto político representado por Lula e já sinalizaram o reinício da retomada nas relações internacionais com o Brasil, pondo fim ao ostracismo brasileiro promovido por Bolsonaro.
Assim, Lula volta ao Palácio do Planalto de cabeça erguida, eleito democraticamente por mais da metade do povo brasileiro, vitorioso numa luta sem precedentes. O metalúrgico, filho de dona Lindu, venceu um presidente em exercício que, criminalmente, se utilizou da máquina do governo para aliciar votos e que promoveu cortes em áreas essenciais para investir o dinheiro público num orçamento secreto utilizado para angariar apoios; superou a violenta milícia bolsonarista; foi vitorioso frente ao gabinete do ódio; superou os milhões de fakes news; sobressaiu-se ao fundamentalismo, à intolerância e à manipulação religiosa; subjugou os perigosos artifícios fascistas de manipulação de massas e triunfou sobre a barbárie.
Nem as tentativas covardes e criminosas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que, sem o menor escrúpulo, impediu milhões de eleitores de chegar aos locais de votação, em diversos estados, pôde conter a força da democracia.
Em seu primeiro discurso como presidente eleito, Lula demonstrou o quanto é diferente de seu adversário. Suas palavras foram pacificadoras, dirigindo-se, não só aos seus apoiadores, mas a toda nação brasileira.
“Quero começar com um agradecimento a Deus, porque eu sempre O achei muito generoso comigo para que permitisse que eu saísse de onde saí e chegasse onde cheguei, sobretudo neste momento, onde nós não enfrentamos um simples adversário. Enfrentamos a máquina do Estado brasileiro, colocada a serviço do candidato da situação, para nos impedir de ganhar as eleições”, disse Lula que, em sua altivez, reforçou. “Eu vou governar para todos e todas, não somente para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis”.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs-CUT) se encontra exultante nesse momento de soberania nacional, onde o amor venceu o ódio, mas principalmente, a democracia foi resgatada do vale a morte. Gostaríamos de parabenizar o nosso presidente eleito, legítimo representante da classe trabalhadora, Luiz Inácio Lula da Silva, e principalmente, agradecer a todos os trabalhadores e trabalhadoras que se empenharam na realização desse sonho. A vitória não foi de Lula, a vitória foi do Brasil.
Mas não vamos esmorecer, pois ainda falta muito até a posse. Precisamos nos manter alertas contra qualquer tentativa de atentado à democracia e à segurança de nosso presidente eleito. Pois, mais que a presidência, Bolsonaro tinha muito a perder e a quebra de seu sigilo de 100 anos comprovará isso.
Então, presidente Lula, conte sempre com a Contracs e suas entidades filiadas. Nos comprometemos em permanecer mobilizados, nas trincheiras das ruas, para lhe garantir governabilidade. Sabemos que o trabalho está apenas começando e nos colocamos à inteira disposição para auxiliar na reconstrução do país.