sexta-feira, abril 26, 2024

Com pneumonia leve, Lula adia viagem à China. Quadro é “superestável”, diz médico

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O presidente Lula (PT) está com pneumonia leve e adiou, possivelmente para domingo (26), a viagem para a China que teria início neste sábado (25), segundo nota divulgada na manhã desta sexta-feira (24) pelo Palácio do Planalto

O presidente foi ao hospital Sírio-Libanês de Brasília na noite desta quinta-feira (23), após retornar de uma viagem ao Rio de Janeiro, porque estava tossindo muito e se sentindo mal, com sintomas de gripe, além de pressão alta. A suspeita de pneumonia foi confirmada pelos médicos e Lula está descansando no Palácio da Alvorada.

“Se estiver bem, sim [está mantida a viagem à China no domingo]. A programação está mantida”, disse o médico de Lula, o endocrinologista, Roberto Kalil, que esteve no local e afirmou aos jornalistas que o quadro do presidente é “superesável”.

Agendas canceladas

Todas as agendas do presidente desta sexta foram canceladas, entre elas uma com ministros no Palácio do Planalto, outra de ‘emergência’ com a coordenação política do governo, que Lula havia convocado para discutir a crise instalada no Congresso Nacional entres os presidentes das duas casas, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado, e Arthur Lira (PP-AL).

Entenda a briga entre Pacheco e Lira e porque isso preocupa Lula

A dupla briga por causa do andamento das medidas provisórias (MPs) editadas pelo Poder Executivo. O impasse é sobre como deve ser feita sua tramitação no Congresso.

Antes da pandemia, essas propostas passavam por uma análise inicial conjunta em uma comissão mista, formada por 12 integrantes de cada casa. Com isso,  havia uma alternância entre senadores e deputados para relatar as MPs – o relator é o parlamentar que concentra as negociações e redige a versão final que vai à votação, já que as medidas provisórias podem sofrer modificações no Congresso.

Após essa comissão, a proposta passou a ser apreciada no plenário da Câmara e, em seguida, no do Senado.

Esse rito, que está previsto na Constituição, foi alterado durante a pandemia de Covid-19, quando o funcionamento das comissões ficou suspenso e as medidas provisórias passaram a ser analisadas diretamente pela Câmara, o que deu poder extra a Arthur Lira de definir sempre um deputado para relatar a matéria.

Como uma MP é a forma como o governo consegue adotar imediatamente ações que teriam que ser aprovadas pelo Congresso, essa briga prejudica as ações do governo Lula. Isso porque, as MPs têm duração máxima de 120 dias. Se não forem aprovadas pela Câmara e pelo Senado nesse prazo,  caducam, ou seja, perdem a validade. 

Agenda na China

O principal compromisso de Lula em sua viagem à China está marcado apenas para terça-feira (28). É quando ele deve encontrar o presidente chinês Xi Jinping. O tempo entre o diagnóstico de pneumonia e a data do encontro foi visto com alívio pelos auxiliares do presidente e por ele próprio, já que dá quatro dias para que ele se recupere.

Em seus compromissos desta quinta-feira (23), ao contrário do habitual, Lula não discursou. Nem pela manhã, no lançamento do Complexo Renovável Neoenergia, em Santa Luzia, interior da Paraíba, nem à noite, quando assinou novo decreto de fomento à cultura. Nesta última cerimônia, o presidente falou brevemente e pediu desculpas, por estar com dor de garganta.

Da Redação da CUT

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