O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) recuou pelo segundo mês seguida e ficou em 0,57% neste mês, abaixo tanto de março (0,69%) como de abril do ano passado (1,73%). Com isso, acumula 2,59% em 2023 e soma 4,16% em 12 meses – em abril de 2022, estava em 12,03%. O resultado, divulgado nesta quarta-feira (26) pelo IBGE, mostra que a “prévia” da inflação oficial está no menor nível em mais de dois anos.
Os nove grupos que compõem o indicador tiveram alta no mês, com destaque para Transporte: 1,44% e impacto de 0,29 ponto percentual na taxa total. Assim, apenas esse grupo, mesmo subindo um pouco menos (1,50% em março), representou metade do resultado de abril.
Gasolina e etanol: nova alta
A gasolina puxou a alta, com variação de 3,47% no mês. Sozinho, esse item representou a 0,17 ponto. O IBGE apurou ainda alta de 1,10% no etanol (1,96% no mês passado). Por outro lado, óleo diesel (-2,73%) e gás veicular (-2,17%) tiveram queda em abril, enquanto passagens aéreas registraram alta de 11,96%, após cair 5,32% em março.
Ainda nesse grupo, houve alta de 0,94% no item ônibus urbano, com reajustes em Fortaleza e Curitiba. O metrô também subiu (0,16%), com aumento no Rio de Janeiro. E o táxi teve leva alta, 0,07%, com “apropriação residual” do reajuste ocorrido em Belo Horizonte.
Reajuste no preço dos remédios
Já no grupo Saúde e Cuidados Pessoais, a alta de 1,04% foi, em boa parte, pelo aumento dos produtos farmacêuticos (1,86% e 0,06 ponto), depois de autorização do governo para reajuste dos medicamentos. Por sua vez, os itens de higiene pessoal subiram bem menos, de 2,36% para 0,35%, com queda nos perfumes (-1,99%). O plano de saúde aumentou 1,20%.
Em Habitação (0,48%), destaque para a alta de 0,84% (0,03 ponto) na energia elétrica residencial. Os preços médios do aluguel residencial também subiram neste mês (0,53%, em média).
Inflação dos alimentos não sobe
Alimentação e Bebidas ficou próximo da estabilidade (0,04%, ante 0,20% em março). Segundo o instituto, a alimentação no domicílio caiu 0,15%. Destaques para o recuo nos preços de batata inglesa (7,31%), cebola (-5,64%), óleo de soja (-4,75%) e carnes (-1,34%). Entre as altas, o IBGE cita a do ovo de galinha (4,36%).
Já a alimentação fora do domicílio foi de 0,68%, em março, para 0,55%. O lanche passou de 1,02% para 0,82%, enquanto a refeição teve resultado próximo ao do mês anterior (de 0,50% para 0,52%).
Entre as áreas pesquisadas, todas tiveram alta. O IPCA-15 variou de 0,27% (região metropolitana de Belo Horizonte) a 0,85% (Grande Curitiba). Em São Paulo, ficou em 0,52%, ante 0,59% no mês anterior.
O IPCA e o INPC são os índices do IBGE que atestam a inflação. Os números deste mês serão divulgados em 12 de maio.
Da redação da CUT