sexta-feira, maio 3, 2024

Produção industrial mostra estabilidade e tenta se recuperar do período pré-pandemia

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A produção industrial brasileira variou 0,3% de abril para maio, segundo pesquisa do IBGE divulgada nesta terça-feira (4). Em relação a igual período de 2022, houve crescimento de 1,9%. No acumulado de 2023, no entanto, a atividade recua 0,4%. Em 12 meses, a produção fica estável. O instituto destaca alguns aspectos positivos.

“Ainda que tenha um resultado próximo à estabilidade, ao comparar o patamar de maio com o de dezembro do ano passado, a indústria tem um saldo positivo de 0,4%. O resultado de maio também traz uma disseminação de taxas positivas por três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos investigados. É o maior espalhamento desde setembro de 2020, quando havia 23 atividades mostrando crescimento”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

Abaixo do nível pré-pandemia

Trata-se de um período em que o setor industrial se recuperava de forte queda, causada pelo início da pandemia de covid-19. A indústria ainda está 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020). E 18,1% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011.

Em relação a maio do ano passado, a produção teve resultados positivos em três das quatro categorias econômicas, em nove dos 25 ramos, 38 dos 80 grupos e 43,9% dos 789 produtos pesquisados. O IBGE cita influências de indústrias extrativas (crescimento de 12%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,1%) e produtos alimentícios (5,8%). O segmento que inclui veículos automotores avança 2,8%. Entre as quedas, destaque para produtos químicos (-6,4%).

Automóveis e eletrodomésticos

De janeiro a maio, ante igual período do ano passado, a atividade tem resultados negativos em duas das quatro categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 45 dos 80 grupos e 54,8% dos 789 produtos pesquisados. O setor de produtos químicos também é destaque negativo (-7,9%), assim como os de máquinas e equipamentos (-5,5%), vestuário (-9,7%), metalurgia (-3,7%) e veículos automotores (-1,5%). O setor extrativo cresce 4,7% e o de coque/petróleo, 4,3%.

Segundo o IBGE, o segmento de bens de consumo duráveis teve alta de 7,8%. Foi impulsionado “pela maior produção de automóveis (8,3%), de eletrodomésticos (13,7%) e motocicletas (18,5%)”.

Redação da CUT

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