quinta-feira, maio 2, 2024

Dirigentes realizam ato contra assédio em unidades do McDonald’s

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No Brasil, os atos têm acontecido em diversos estados para sensibilizar a opinião pública e dar segurança aos trabalhadores e trabalhadoras quanto à necessidade de denunciar

Em defesa dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores do McDonald’s de Teresina (PI), na manhã desta quarta-feira (18), a direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços participou de atos realizados em duas unidades da rede de fast food na capital piauiense, com o intuito de alertar sobre assédio moral, sexual, racismo e LGBTQIA+fobia no ambiente de trabalho.

As atividades contaram com a participação de dirigentes da Confederação, CUT-PI, Sindcom Teresina, Sintshogastro e SEIU (Service Employees International Union) que conversaram com os funcionários e funcionárias e distribuíram cartilhas da campanha “Sem Direitos não é Legal”.

As manifestações na capital piauiense acontecem como continuidade da ação internacional que, em 2021, paralisou as lanchonetes da rede em mais de 12 cidades nos Estados Unidos, em decorrência do assédio sexual de uma trabalhadora de 14 anos praticado por um gerente. Desde então, as trabalhadoras e trabalhadores tentam responsabilizar a empresa pelos frequentes casos de assédio e violência contra os funcionários.

No Brasil, os atos têm acontecido em diversos estados para sensibilizar a opinião pública e dar segurança aos trabalhadores e trabalhadoras quanto à necessidade de denunciar.

“As denúncias de casos de assédio, racismo e violação de direitos dos trabalhadores no McDonald’s acontecem há anos e, mesmo com todo o trabalho de conscientização, ainda nos deparamos com o medo e a repressão na hora do funcionário receber o material e conversar conosco”, lamentou o presidente da Contracs, Julimar Roberto.

A trajetória da luta

Em julho de 2020, Contracs e CUT encaminharam ofício ao Ministério Público do Trabalho com pedido de investigação de racismo institucional e coorporativo nas lanchonetes do McDonald’s no Brasil. A denúncia apontava 16 queixas e pedia a criação de uma força-tarefa para investigar outras queixas em território brasileiro.

Em atendimento à denúncia apresentada pela Contracs e CUT, em junho de 2021, o Ministério Público do Trabalho (MPT) determinou a abertura de inquérito civil para apurar as responsabilidades da empresa.

Com apoio da Contracs e CUT, desde julho do ano passado, a campanha Sem Direitos Não é Legal tem percorrido lojas de McDonald’s pelo Brasil, para distribuir cartilhas de conscientização para os funcionários, além de kits de máscara e álcool em gel. Até o momento, já foram realizadas atividades em Recife (PE), Porto Alegre (RS), Jaraguá do Sul (SC), Joinville (SC), Brasília (DF), São José do Rio Preto (SP) e Teresina (PI).

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