segunda-feira, maio 13, 2024

Terceirizados do TRT, IBM e outras empresas entram em greve por atrasos de salários

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A partir da zero hora da próxima segunda-feira (10), entrarão em greve cerca de 2600 trabalhadores e trabalhadoras terceirizados que prestam serviços de tecnologia ao Tribunal Regional do Trabalho, Ministério da Justiça, Caixa Econômica Federal (CEF),  Raizen, IBM, Banco Santander, Banco Pan e Banco do Brasil e Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, entre outros.

Contratados em São Paulo, pelo Grupo Qintess e  Resource que atende essas instituições, os trabalhadores decidiram com ampla maioria de votos em assembleia online realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd-SP), reivindicar seus direitos trabalhistas com uma paralisação sem data para terminar.

A greve foi determinada pelo descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho. Entre as principais ocorrências estão os constantes atrasos no pagamento de salários, férias, vales- refeição, alimentação e transporte, do reembolso por quilômetro rodado, banco de horas – há denúncias de pagamento de horas extras após seis meses e outras que deixam de ser registradas pela empresa e de que os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) também não estão sendo efetuados.

A empresa vem ainda descontando o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e a contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em folha de pagamento sem repassá-los ao governo. Segundo o sindicato, houve tentativas de negociação com as empresas desde o início de 2022, sem sucesso.

Atrasos nas verbas rescisórias e coações

Também foram recebidas denúncias de assédio moral contra os empregados que cobravam posicionamentos da empresa referentes aos atrasos. Durante a assembleia, foram apresentadas ao Sindpd denúncias de coação e assédio da empresa para evitar a greve.

Os trabalhadores denunciam ainda que os demitidos ou que pediram demissão no último período não receberam as verbas rescisórias da empresa.

Segundo sindicato, por se tratar de um setor essencial está sendo tomadas todas as providências legais para o início da greve, como a notificação de todas as mais de 70 empresas e órgãos tomadores de serviço.

Quem são os donos da empresa

Integrante da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o Grupo Qintess é comandado pelo CEO global Nana Baffour, que nas redes sociais enaltece o compliance da empresa e a agenda social da empresa, como a adesão ao Pacto Global dos Princípios de Empoderamento das Mulheres, promovido pela ONU Mulher, e os compromissos com a sustentabilidade ambiental.

da Redação da CUT Com informações do Sindpd-SP

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